by : Janet Pinneau
Abstract
(Tradução para o português realizada por Périsson Dantas do Nascimento)
Como Terapeuta de Casal e Família certificada e atendendo pela Análise Bioenergética, eu me identifico como uma psicoterapeuta somática, relacionando corpo-mente. Considerando minha experiência como atleta, meu treinamento em Análise Bioenergética, minha inclusão do corpo no trabalho que faço como psicoterapeuta, e no crescimento pessoal que continuo perseguindo como cliente, o corpo humano é fun-damental para minha atuação. Este artigo começou como uma apresentação no Professional Development Workshop (PDW) na Bahia, Brasil, em 2018 com a tese de que o tratamento bem sucedido do transtorno da compulsão alimentar e a vergonha que o exacerba devem incluir uma abordagem terapêutica relacional somática que convide os pacientes a melhorar habilidades interpessoais e desenvolver um relacionamento positivo com seu corpo e o ato de comer. A recuperação dos transtornos alimentares com essa abordagem elimina o uso exclusivo da alimentação como um método para fazer o check-out do corpo, e introduz o enraizamento e o “ser visto” para permitir a regulação e a suavização. A análise bioenergética como tratamento para o transtorno da compulsão alimentar periódica tem o potencial de proporcionar sucesso a longo prazo, incluindo o corpo no tratamento. Eu concluo este artigo com a descrição de uma técnica que demonstrei no PDW.
Desde o momento da minha apresentação sobre o tema no Workshop de desenvolvimento profissional de outubro de 2018, mergulhei mais fundo no campo da aceitação intuitiva da alimentação e do corpo e compreendi que, como “psicoterapeutas corporais”, a Análise Bioenergética, como campo, deve evoluir para abraçar os corpos em “todos os tamanhos” e superar o viés da cultura de dietas em que muitos psicoterapeutas se envolvem sem consciência ou intenção. A aceitação de todos os clientes que entram em nossos consultórios, sem preconceitos em relação a seus corpos, é primordial.